quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Castração

Algumas pessoas se ressentem ou até se escandalizam quando os veterinários aconselham que castrem seus animais.
MAS.....
Você já parou para olhar a quantidade de cães de rua que a cidade que você mora possui?
Você já parou para pensar na quantidade de doenças (as chamadas zoonoses) que eles podem abrigar e posteriormente transmitir aos seres humanos?
E aí? O que fazer? Agir como em Bogotá onde o prefeito mandou exterminar todos os animais encontrados soltos nas ruas?

Ou deixar a "carrocinha" pegar estes animais para levá-los para um depósito, onde a grande maioria é exterminada?
Acho que nada disso é solução !!!!
E o problema não se resume somente nos animais que já estão nas ruas.

O problema real é o aumento desta população, sendo este aumento determinado não somente pela reprodução destes animais, mas também pelo acasalamento indesejado de animais que possuem dono. Estes proprietários, não tendo conhecimento nem condição de lidar com as constantes proles (ninhadas) nascidas em sua casa, as deixam "ao Deus dará", acabando estes animais indo parar nas ruas.

Segundo a WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal), uma única cadela, com uma vida reprodutiva de 6 anos, pode gerar 100 (cem) descendentes, enquanto uma gata em apenas 2 anos pode deixar 200 (duzentos) descendentes. São números realmente assustadores, desconhecidos da maioria das pessoas. Mas estes números provam que tentarmos reduzir a população com apreensão e eutanásia é, no mínimo, falho, além de ser um crime.
Além do método ser falho, a apreensão pode determinar a disseminação de várias doenças. Imaginemos a situação em que o seu animal de estimação foge para um passeio na rua, sendo apreendido juntamente com outros animais, alguns dos quais, de rua. Algum destes animais errantes pode estar doente, e contaminar o seu. Quando você vai ao depósito retirar o seu animal, você pode estar levando para dentro da sua casa, para a sua rua, para o seu bairro, doenças que, por não serem usuais da região, encontrarão terreno adequado para se alastrar, contaminando toda uma população que antes não estava doente.
. a solução para estes problemas todos seria a castração .
A CASTRAÇÃO É UMA OPERAÇÃO RELATIVAMENTE SEGURA, QUANDO FEITA POR UM BOM MÉDICO VETERINÁRIO. OS ANIMAIS, GERALMENTE, SE RECUPERAM DA CASTRAÇÃO EM APROXIMADAMENTE UMA SEMANA, COM DESCONFORTO MÍNIMO.
VANTAGENS:
- EVITAR NINHADAS NÃO DESEJADAS
Ah!, você diria: "Eu jamais colocaria uma ninhada de minha cadela / gata na rua".. Está certo, mas o que fazer com os filhotes se ninguém os quiser? E os futuros donos, tratarão tão bem seus "netinhos" como você? Não esqueça que as vezes um filhote só é atraente enquanto é filhote, ou enquanto não destroi o sofá da casa nem faz xixi no tapete novo, ou enquanto não fica doente.. E os machos que tem dono que fogem de casa e acabam cruzando com uma fêmea de rua? Além de aumentar a população de rua teríamos o perigo também da transmissão de doenças venéreas. Uma doença venérea muito comum nos cães é um tipo de turmor, que é maligno (câncer).
ANIMAIS CASTRADOS SÃO MAIS SAUDÁVEIS.
Tanto machos comos fêmeas têm menos chances de desenvolver problemas de tumores e infecções nos órgãos reprodutivos.. Os machos, depois de castrados, têm menos chances de desenvolver problemas de próstata e tumores de testiculares.. A castração reduz o risco da cadela ter tumor de mama. Se a cadela foi castrada antes do primeiro cio, (aproximadamente seis meses), o risco dela desenvolver tumores mamários é muito reduzido. O Tumor Mamário é, normalmente, um tipo de câncer muito comum em cadelas idosas que não foram castradas. Além disso, cirurgia na fêmeas imaturas é menos propensa a complicações. A remoção completa dos ovários elimina a possibilidade de cânceres ovarianos ou uterinos, que são ocorrências comuns em fêmeas não castradas.. Com relação às fêmeas, pode ser que elas não sejam boas mães, implicando em risco para a ninhada e em trabalho extra para você. Ou ainda, ela pode precisar de auxilio de emergência durante o parto [por exemplo, uma cesariana] colocando em risco sua vida, e aumentando sua despesa.


PASSEIOS CONTROLADOS.
Um macho que sente por perto uma fêmea cio pode demolir portas e saltar cercas e ficar vagando pelo o bairro a procura da cadela. Animais castrados fogem menos e com isso levam uma vida mais segura, sem os perigos da vida na rua, para os quais seu animal acostumado em casa, não está preparado, inclusive com o risco de ser pego pela carrocinha..Diminui também as brigas com cães vadios reduzindo assim, o risco de danos, infecções, atropelamentos e livrando você de altas contas no veterinário.. Além do perigo do passeio pelas ruas, existe o risco de seu animal macho cruzar com alguma fêmea de rua, o que, sem contar com o aumento população de rua teríamos o perigo também da transmissão de doenças venéreas. Uma doença venérea muito comum nos cães é um tipo de turmor, que é maligno (câncer).

- MUDANÇA DE COMPORTAMENTO.
Animais castrados são mais contentes e comportados.. A castração precoce reduz o aborrecimento e constrangimento do machinhos ficarem "montando" nas pernas das pessoas ou na mobília.. A castração não transformará seu cachorro em um "frouxo ", e ele nunca saberá o que está perdendo, mesmo que já tenha cruzado alguma vez. O animal não sabe bem o que é prazer, não acorda um belo dia querendo cruzar. Ele tem vontade sim, mas por um simples mecanismo hormonal; logo se tirarmos seus testículos, este estímulo hormonal desaparece, e ele não sente mais vontade de cruzar. É diferente do caso do ser humano, que se fosse castrado, sentiria a vontade mas não conseguiria; no caso do animal, esta vontade não existe após a castração. Algumas pessoas acham que o animal ficará preguiçoso e gordo. Mas nem sempre isto ocorre. Se a castração for realizada precocemente não levará o animal à obesidade. Quando feita depois do animal adulto realmente ele ficará com uma tendência a engordar, o que pode ser controlado com uma rotina de brincadeiras e exercícios, além de não podermos deixá-lo comer demais. . Alguns proprietários acham que por ser um cão de guarda este animal não deve ser castrado. Mas a castração não afeta os instintos naturais de um cachorro para proteger sua casa e família.
MELHOR CONVIVÊNCIA EM CASA.
A castração resulta em uma fêmea mais limpa em casa. Todos os proprietários de fêmeas sabem como é incômodo o sangramento que ocorre no cio (aproximadamente dez dias, duas vezes ao ano). Removendo os ovários de sua cachorrinha este problema é eliminado. . Castração precoce também ajudará ao treinamento p/ urinar no local certo, diminuindo a incidência de urina "nos cantinhos" que o macho faz por razões territoriais.
RAZÕES PARA NÃO CASTRAR

- ANIMAIS DE RAÇA, ANIMAIS COM PEDIGREE.
Um Pedigree não é uma indicação de qualidade, nem mesmo a presença de campeões no seu pedigree. Alguns animais são excelentes representantes de sua raça, mas não geram filhotes de boa qualidade. Além disto determinadas raças possuem características indesejáveis que passam para seus descendentes, não sendo aconselhável seu cruzamento. Pesquise os problemas de saúde comuns em sua raça e sugira uma avaliação de seu veterinário com relação aos defeitos genéticos que seu animal possa vir a passar para seus filhotes.

- GOSTARIA DE UM FILHOTE IGUAL AO MEU
- Mas meu cachorro (ou gato) é tão especial, eu quero um cachorrinho (ou gatinho) como ele. . Seu cachorro ou gato pode ser um animal muito especial. Mas isso não garante a você que seus filhotes vão ser iguais a ele. Até porque temos que levar em consideração também as características do outro parceiro; não sabemos se a ninhada sairá parecida com o pai ou com a mãe.

- QUERIA QUE MINHAS CRIANÇAS VISSEM O MILAGRE DO NASCIMENTO
Até mesmo se suas crianças estiverem dispostas a verem seu animal parir - que é improvável que isso aconteça, uma vez que normalmente o parto ocorre à noite e a cadela se isola - a lição que você realmente estará ensinando é que animais podem ser gerados e descartados como uma roupa. . Além disso, lembre-se que o parto é uma situação delicada para a cadela. Ela precisa de tranquilidade; algumas fêmeas, inclusive, ficam agressivas, não permitindo que muitas pessoas se aproximem. . E se a sua cadela que está parindo começar a ter complicações e correr risco de vida? Isto não seria nada interessante para as crianças.. Ao invés disso, você deveria explicar às suas crianças que o real milagre da vida é sabermos prevenir nascimentos nãs desejados, de forma que não tenhamos que arcar com conseqüências depois.
Dra. Luciana Eduardo Nagamatsu
(Médica Veterinária- CRMV/PR 7094)
Email:
reinodobicho@yahoo.com.br










domingo, 5 de agosto de 2007

Existe Cachorro Racista?

Desde que eu era menina sempre ouvi dizer que existem determinados cães, e em especial determinadas raças de cães, que são racistas. Naquela época eu nunca me questionei a este respeito e eu mesma fui dona de um Pastor Alemão que, embora não pudesse ser chamado de "racista" pois sempre aceitou pessoas brancas, pretas, japonesas ou de qualquer raça, poderia ser chamado de "preconceituoso". Este cão tinha verdadeira aversão (e agressividade) com relação a mendigos e bêbados, bem como por bando de crianças barulhentas e sem camisa.
Mas será que existem mesmo cães racistas e cães que detestam determinado grupo de pessoas?
A verdade é que esta atitude agressiva não é reflexo de preconceitos como nós humanos entendemos. Mesmo que alguns cães pareçam ser mais agressivos e desconfiados com determinados grupos de pessoas, cães não gostam ou deixam de gostar mais ou menos de uma pessoa, seja ela negra, branca ou oriental, por causa de conceitos prévios a respeito de uma possível correlação entre a cor da pele e comportamento "padrão" tal como muitos humanos fazem.
Se um cão discrimina determinado grupo de pessoas é porque uma das três razões abaixo fizeram parte do seu desenvolvimento quando filhote:

1- Ele nunca teve contato ou até mesmo viu uma pessoas com estas características físicas.
Se um cão for criado apenas numa comunidade negra ele (o cão) provavelmente irá estranhar, podendo até demonstrar sinais de agressividade contra brancos. Da mesma forma cães que nunca tiveram contato com crianças, pessoas obesas ou que se utilizem de cadeira de rodas irão estranhar estes grupos.

2- O dono transmite insegurança ou desaprovação com relação a determinados tipos de pessoas.
Embora este sentimento possa ser involuntário e extremamente discreto o cão percebe e reage tentando compensar a insegurança do dono. Este era exatamente o caso do meu Pastor Alemão.

Meu cachorro era dotado de muita sensibilidade e instinto de guarda. Hoje, analisando minha relação com ele, percebo que todas as vezes que eu avistava um mendigo ou um bêbado (na época eu devia ter um 15 anos e morria de medo de ser abordada por estas pessoas) eu retesava a coleira, puxando o cachorro ainda mais para perto de mim.

Não foram necessárias muitas repetições deste movimento para que o cão percebesse o meu desconforto e passasse a dar o aviso aos transeuntes, que se enquadravam neste padrão, para que não se aproximassem. Neste caso o cheiro (bebida alcóolica ou da falta de higiene corporal) eram a dica para que ele começasse a latir ameaçadoramente. Da mesma forma, na região em que eu morava, era comum que bando de meninos voltando da praia atacassem pessoas para realizar pequenos furtos ou apenas para ameaça-las e dar boa risada da cara de pavor do pobre coitado. Mais uma vez, toda vez que eu avista um destes bandos eu puxava o cachorro para junto de mim .

E mais uma vez Tiquinho (este era o nome do cão) vinha em meu socorro.
Nestes casos eu imagino que além do cheiro de praia, a algazarra dos meninos, e a maneira que eles andavam pela rua (tentado cobrir um raio suficiente para cercar as pessoas) deflagrava os instintos do meu bicho. Claro que eu não sabia o que eu estava fazendo. Eu não estava tentando ensinar ao meu cachorro a me proteger, mas sempre eu o recompensava, já que me sentia aliviada com a distancia que estas pessoas mantinham de nós. Aliás, era uma dupla recompensa: Uma quando eu acabava acariciando o cão, e outra através das pessoas que se afastavam. Eu e elas estávamos mostrando ao Tiquinho que ele estava fazendo um belíssimo trabalho e que deveria continuar se aperfeiçoando.

Em poucos meses não era preciso mais que eu visse as pessoas "indesejadas" se aproximando, nem que eu puxasse a coleira do Tiquinho. Não subestimem os sentidos de um cão (olfato, visão e audição principalmente). Bastava estas pessoas estarem a centenas de metros de nós e Tiquinho logo se arrepiava e se colocava em posição de defesa (Graças a Deus, nunca de ataque).
3- Determinados grupos de pessoas estimulam o comportamento desconfiado do cão.
As pessoas que tem medo de cachorro acabam dando o sinal de que alguma coisa está errada, mesmo quando o dono e o cão estão tranqüilos.
Foi exatamente isso que aconteceu outro dia quando eu estava treinando um Rottiweiler de 1 ano e 2 meses.
É bastante comum que quando saio para treinar cães grandes como o Rott as pessoas evitem de passar muito perto de nós. Mas num dia em especial eu vinha caminhando calmamente com este belíssimo exemplar da raça, com a coleira totalmente frouxa, já que o cão é totalmente confiável e está quase pronto para andar sem guia, quando dois jovens negros começaram a andar em direção contrária a nossa.
Lá de longe eu já havia percebido que os dois vinham se cutucando e se empurrando e, tal como eu, o cachorro também percebeu.
Desta vez tenho certeza de que não mandei nenhum sinal para o Thor. Eu estava absolutamente calma e de espírito desarmado. Também não poderia enviar nenhum sinal pela guia, já que a mesma estava passando por trás do meu pescoço antes de chegar ao cão (justamente com o propósito de eliminar o vício de corrigir o cão quando estamos preparando o animal para andar fora da guia).
Na medida quem que os rapazes se aproximavam de nós, eles mais se cutucavam e se empurravam, com um tentando manter o outro próximo da rota do cachorro, enquanto que o que era empurrado tentava escapar.
A título de verificar o temperamento do Thor, resolvi manter o meu passo e não interferir na tensão da guia. Quando estávamos quase cruzando com os rapazes o Thor começou a rosnar muito baixinho. Era quase inaudível, na verdade eu podia mais sentir a vibração do corpo dele junto a minha perna do que propriamente ouvir o rosnado dele. Imediatamente reforcei o comando para que ele se mantivesse junto a mim e não toquei na guia. Quando os rapazes estavam paralelos a nós o Thor finalmente colocou os dentes para fora e começou a latir, virando a cabeça para acompanhar os dois rapazes (que nesta hora aceleraram o passo e pararam de se cutucar), porém sem nunca se afastar do meu lado..
Comentário do rapaz que estava sendo empurrado para o amigo que ria histérica e nervosamente. "Viu seu Mané, não falei que estes cachorros não gostam de pretos?!".
Me controlando para não rir do comentário que foi dito num misto de pavor e aborrecimento dignos de comédia, parei, coloquei o Thor na posição deitada e expliquei para os dois que o cachorro não tinha nada contra a cor da pele deles. Que apenas tinha reagido à forma que os dois se aproximaram, que para o cão pareceu diferente, e portanto suspeita. Resposta dos dois: ‘A senhora pode falar o que quiser dona, mas eu é que não chego perto destes cachorros, eles não gostam de pretos e tá acabado!".
Tenho certeza que se esta experiência fosse repetida mais uma dúzia de vezes, e sempre com pessoas de pele escura, o Thor iria começar a ter uma atitude suspeita contra todos os negros, já que ele é criado por uma família branca e não costuma sair muito às ruas.
Bom, a esta altura você pode estar se perguntando: "E se alguém não gosta de judeus? É possível tornar um cachorro anti-semita?" (Se você não se perguntou isso não tem importância, estou só querendo aproveitar para esclarecer a dúvida de um aluno meu). : -)

Teoricamente não, já que não existe nenhuma característica aparente e comum a todos os judeus que o dono ou seu cão pudessem usar como forma de identificação. A não ser que a pessoa morasse num lugar onde houvesse uma comunidade ortodoxa. Aí sim, talvez, quem sabe, os cães pudessem estabelecer uma relação com as roupas escuras, os chapéus e as barbas longas que a maioria dos homens desta religião usam. Mas veja bem: Qualquer pessoa que estivesse trajando o mesmo tipo de roupa, e com as mesmas características físicas, estaria sujeita ao comportamento anti-social do cão.
E afinal de contas, qual é a vantagem de estimular o comportamento anti-social de um cão baseado apenas na aparência das pessoas? Melhor mesmo é manter os cães longe deste comportamento horroroso que alguns humanos desenvolvem.
Mais uma notinha: Este comportamento não é exclusividade de cachorros grandes. Até um poodle pode reagir da mesma maneira, mas as raças desenvolvidas geneticamente com o propósito de guarda são mais sensíveis e mais reativas do que raças de caça ou de companhia. Além disso as pessoas tendem a mostrar mais medo de cachorro grande justamente porque certas raças já possuem a fama de racistas.

Texto de :Claudia PizzolattoTreinadora e Especialista em Comportamento CaninoLord Cão - Treinamento de Cães Ltda.

Aos estudar as características e a índole dos animais, encontrei um resultado humilhante para mim.
Mark Twain (Escritor)


Dra. Luciana Eduardo Nagamatsu
(Médica Veterinária- CRMV/PR 7094)

terça-feira, 31 de julho de 2007

O Senhor pesa os espíritos...

Matar animais por esporte, prazer, aventura e por suas peles,
é um fenômeno que é ao mesmo tempo cruel e repugnante .
Não há justificativa na satisfação de uma brutalidade dessas.
- Sua Santidade Dalai Lama (1935)

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Leptospirose Canina

A leptospirose é uma doença infecciosa, de notificação compulsória, causada pelas bactérias do gênero Leptospira. Trata-se de uma das mais freqüentes zoonoses, sendo observada principalmente nos meses mais chuvosos, em áreas alagadas e/ou deficientes em saneamento. Tanto os animais domésticos quanto os selvagens são reservatórios para esta enfermidade.
No cão, a leptospirose é caracterizada por doença renal e/ou hepática aguda, e às vezes pode levar a uma septicemia. Nos casos crônicos, observam-se seqüelas como doença renal crônica. Em gatos esta enfermidade é rara.
A enfermidade é causada pela Leptospira, uma bactéria aeróbia ou microaerófila, Gram-negativa, pertencente a ordem das espiroquetas. À microscopia observa-se morfologia em espiral, e freqüentemente um "gancho" nas extremidades da célula bacteriana. A leptospira não se multiplica fora do hospedeiro, e sua sobrevivência fora dele depende das condições do meio ambiente, sendo altamente sensível a ambientes secos e a pHs e temperaturas extremas. O patógeno pode sobreviver no meio ambiente por até 180 dias quando em solo úmido ou em águas paradas.
Tradicionalmente o gênero Leptospira era subdividido em 200 sorovares, baseado nas diferenças antigênicas. Todos os sorovares patogênicos eram classificados como L. interrogans, e os não patogênicos eram incluídos na espécie L. biflexa. Atualmente, o gênero é classificado de acordo com suas características genéticas, em 7 genoespécies, 28 sorogrupos e vários sorovares e genótipos. O cão é o hospedeiro primário das espécies L. canicola e L. bataviae, geralmente associadas aos sintomas clínicos mais graves. Apesar de menos freqüente, o cão pode também ser um hospedeiro acidental das outras espécies de Leptospira, como L. gipptyphosa, L. pomona, L. icterohaemorrhagiae e L.bratislava .


Leptospira penetra pelas mucosas ou pela pele lesionada. A transmissão em cães pode ocorrer por contato direto de animais infectados ou, mais freqüentemente, por transmissão indireta, onde um animal susceptível fica exposto a um ambiente contaminado. Entre o 4o e 11o dia de infecção, a bactéria invade a corrente sangüínea multiplicando-se rapidamente, dando origem a leptospiremia. No início desta fase observam-se febre, leucocitose, e albuminúria. Em animais susceptíveis, pode ocorrer a septicemia, onde a bactéria invade os órgãos pelos quais ela tem maior tropismo, ou seja, fígado, rins, baço, sistema nervoso central e olhos, podendo ocasionar grandes danos. A Leptospira pode provocar petéquias ou equimoses, icterícia, infiltrado inflamatório difuso de células plasmáticas nos rins, necrose focal de parênquima hepático, colestase intrahepática com lesão hepática severa. Neste estágio da doença o animal poderá sucumbir devido a uma insuficiência renal ou hepática. Ao final da bacteremia, 7 a 10 dias após a infecção, geralmente a febre diminui e a bactéria é eliminada da circulação sangüínea pelos anticorpos, o animal pode se recuperar. A recuperação é mais rápida quanto menores forem as lesões nos órgãos. No entanto, as bactérias que se alojaram em locais onde os anticorpos não têm acesso, como córneas e túbulos renais, podem levar a uveíte e leptospirúria. A leptospirúria, ocorre em uma fase mais tardia da enfermidade. Ela pode permanecer por meses até mesmo anos constituindo uma fonte de infecção para os outros animais. Nestes animais, a concentração de anticorpos decai, já que a bactéria, situada nos túbulos renais, não estimula o sistema imune. Estes animais podem apresentar-se soronegativos quando testados.

A sintomatologia depende de vários fatores, em especial do hospedeiro. Sabe-se que a bactéria adaptou-se aos reservatórios primários (roedores, animais silvestres) causando infecções crônicas ou assintomáticas com fraca resposta imune. Por outro lado, nos hospedeiros acidentais, as infecções costumam ser agudas, com elevada resposta imune. Em cães, a sintomatologia da leptospirose é variável, podendo apresentar-se sob as formas aguda, peraguda ou crônica. Os sinais clínicos dependem da idade do animal, imunidade do hospedeiro, fatores ambientais e a virulência do sorovar. Infecções peragudas levam à leptospiremia intensa, choque, e morte do animal. Em infecções menos agudas observam-se febre, anorexia, vômitos incoercíveis, desidratação, poliúria, polidipsia, e relutância ao movimento. Com a progressão do quadro pode surgir oligúria e anúria. Na forma crônica, podem não haver sinais clínicos evidentes. O animal pode apresentar febre sem motivo aparente e conjuntivite moderada a severa. No entanto, distúrbios renais e hepáticos crônicos podem surgir em conseqüência da leptospirose. Animais jovens que não foram vacinados, ou cujas mães não foram vacinadas, possuem um risco maior de desenvolver a doença peraguda, podendo levar o animal a morte devido a septicemia ou ainda intensa hemólise.
O diagnóstico da leptospirose consiste em detectar a bactéria no sangue ou na urina do animal acometido ou demonstrar um aumento nos títulos de anticorpos para um determinado sorovar. O diagnóstico laboratorial inclui hematologia, urinálise, sorologia e identificação da bactéria em tecidos apropriados. Paralelamente, deve-se realizar o diagnóstico diferencial para uma variedade de enfermidades, como anemia hemolítica autoimune, hepatite viral canina, neoplasia hepática, neoplasia renal, nos casos agudos; e de brucelose canina e herpesvírus (abortos) , nos casos crônicos . O objetivo principal do tratamento durante a fase aguda da doença é manter o paciente estável e prevenir a extensão das lesões no fígado e rins, além de suprimir a leptospirúria. Os animais em fase aguda necessitam de terapia intensiva de suporte dependendo da severidade do quadro. O prognóstico é reservado quando já está instalada a insuficiência renal e/ou disfunção hepática, e desfavorável em pacientes com choque ou coagulação intravascular disseminada. O uso de antibióticos inibe a multiplicação destes organismos reduzindo complicações. Vários antibióticos podem ser utilizados na eliminação da leptospiremia como penicilina, ampicilina, amoxicilina. Estudos mais recentes têm demonstrado alta eficácia da doxiciclina (5 a 10 mg/Kg BID) para o tratamento da leptospiremia e principalmente da leptospirúria. Não devem ser utilizados aminoglicosídeos e estreptomicina até a total recuperação da função renal. O controle deve ser feito através da vacinação dos animais, visto a impossibilidade de eliminar os reservatórios desta enfermidade. Este controle requer especial atenção, haja vista a alta taxa de mortalidade apesar dos tratamentos intensivos e de seqüelas irreversíveis. A vacinação tem sido efetiva reduzindo a prevalência e severidade da doença. Em 80% dos casos, o homem pode infectar-se indiretamente pelo contato com água contaminada com urina de animais infectados; ou diretamente por mordedura, manipulação de tecidos contaminados e ingestão de alimentos ou água contaminados. A contaminação direta entre pessoas é extremamente rara. A contaminação humana ocorre principalmente em áreas alagadas, e em profissionais de risco (agricultores, veterinários, etc.). É facilitada quando a pele está amolecida (pelo efeito da água) ou lesada. Os principais sintomas no homem são: febre (39o-40oC), tremores, dores de cabeça, mialgia, artralgia, astenia, irritação ocular e conjuntivite.
Site:http://www.cepav.com.br

Ei vc!
Vc mesmo!
Notou como sou lindão?
Percebe o quanto preciso de você?
Então vamos negociar!
Te dou meu amor e tudo que possuo!
Tenho esta bola de estimação...!
Ok! Ok! Ela está com uns furinhos!
Mas não fui eu!
Foram meus dentinhos! hehehe
Em troca, só preciso que me ame e que cuide bem de mim!
Combinado?
PS: Mas vou logo dizendo: A BOLA VAI ME FAZER FALTA!!!!!!!!

AH! ME AMA VAI!!!!! :o)


"A verdadeira bondade do homem só pode se manifestar com toda a pureza, com toda a liberdade, em relação àqueles que não representam nenhuma força. O verdadeiro teste moral da humanidade (o mais radical, num nível tão profundo que escapa ao nosso olhar) são as relações com aqueles que estão à nossa mercê: os animais. é aí que se produz o maior desvio do homem, derrota fundamental da qual decorrem todas as outras."
- Milan Kundera



Dra. Luciana Eduardo Nagamatsu
(Médica Veterinária- CRMV/PR 7094)
Email:
reinodobicho@yahoo.com.br




quinta-feira, 14 de junho de 2007

Toxoplasmose

A toxoplasmose é uma das doenças com índices de prevalência mais altos do mundo. Normalmente as pessoas que ficam com toxoplasmose nem ficam sabendo que a tiveram, confundindo seus sintomas com os de uma gripe. No entanto, a doença pode se manifestar de forma mais severa também. Com a grande quantidade de pessoas afetadas pelo vírus da AIDS, a questão da toxoplasmose tornou-se bem mais séria em termo de saúde pública. Outro grupo que deve ser particularmente cuidadoso é o das mulheres gestantes. É muito comum a dúvida sobre o que as mulheres grávidas devem fazer com seus gatos. Aqui apresento informações sobre a toxoplasmose (que são resultado de pesquisas sobre a doença) na forma de perguntas e respostas.




O que é Toxoplasmose?

A toxoplasmose é uma doença causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Este protozoário pode infectar qualquer animal de sangue quente.


Como os humanos podem pegar Toxoplasmose?

As vias de transmissão possíveis são :

1.ingestão de cistos na carne crua ou mal cozida de animais portadores. É a forma mais comum de contaminação em humanos.
2.ingestão de oocistos (forma resistente do T. gondii) provenientes de fezes de gatos, seja pelo manuseio da caixa de areia, contato com solo ou verduras contaminados pelos oocistos.
3.infecção transplacentária, quando o parasita ataca o feto antes do nascimento, através da placenta, nos casos em que a gestante tem seu primeiro contato com o Toxoplasma. Quando ela já tem anticorpos no início da gestação isso não ocorre, pois não desenvolverá a doença.
Qual é o risco de pegar Toxoplasmose?

Quando um ser humano tem seu primeiro contato com agente causador da Toxoplasmose, ele pode desenvolver sintomas semelhantes aos de uma gripe, como dores no corpo, tosse, entre outros. As defesas do organismo costumam ser suficientes para conter o processo, embora pessoas com deficiências imunológicas (portadores de AIDS, por exemplo) possam desenvolver sintomas graves em função dessa infecção. O parasita pode ainda retornar caso a imunidade seja afetada no futuro. Após esta primeira infecção o indivíduo normal ganha imunidade contra a doença. O grande perigo da infecção ocorre quando uma mulher gestante entra em contato com o Toxoplasma pela primeira vez em sua vida e desenvolve a infecção. O feto poderá se infectar e apresentar mal-formações como deficiência visual grave quando nascer, entre outros problemas graves de saúde.

Como a mulher gestante pode se prevenir?

Não comendo alimentos crus ou mal-cozidos, usando luvas ao fazer jardinagem (lavando as mãos depois) e deixando de limpar a caixa de areia dos seus gatos. Deve-se limpar cuidadosamente o material que irá entrar em contato com carne crua, como a tábua de cortar carne. A caixa de areia dos gatos precisa ser limpa todos os dias. É bom que a gestante possa saber se já tem ou não anticorpos contra a Toxoplasmose, até para poder regular o grau de atenção para as medidas preventivas. Isso se consegue através de um exame de sangue.

É preciso se desfazer dos gatos da casa?

Não, conviver e manusear gatos é seguro, seguindo as recomendações acima.

Qual é o papel dos gatos na transmissão da doença? Como eles se contaminam?

Os felinos são os únicos hospedeiros definitivos do Toxoplasma. A reprodução sexuada do se dá em seus intestinos. Após a infecção em um gato, por exemplo, ele irá eliminar cistos (formas resistentes do parasita) nas fezes por um período máximo de quinze dias. Acontece que esses cistos ficam no solo por até mais de um ano e podem contaminar alimentos e ser transportados por moscas, baratas e até minhocas. Os gatos se contaminam geralmente ingerindo carne contaminada, seja servida pelos donos ou ingerindo suas presas, como ratos e pássaros.

Como evitar a infecção em gatos?

Evitando que possam caçar e não oferecendo leite cru (principalmente de cabra) nem carne crua.

Mulheres grávidas devem evitar manipular gatos?

A manipulação é segura, porque mesmo que o gato esteja no período de eliminação dos cistos (que dura apenas quinze dias e ocorre apenas uma vez na vida do gato), eles não estarão em sua forma esporulada, ou seja, contaminante. Isso porque é preciso pelo menos 24 horas para que isso aconteça, e os gatos possuem hábitos de higiene muito desenvolvidos, não ficando em contato com suas próprias fezes e limpando-se boa parte do dia.
Qual o papel dos gatos na transmissão da Toxoplasmose?

Os felinos são os únicos hospedeiros definitivos da toxoplasmose. Somente eles eliminam cistos contaminantes nas fezes, que são resistentes no meio ambiente. Portanto são responsáveis pela transmissão para os outros animais, que podem ingerir os cistos na água, por exemplo
. Os felinos, principalmente os gatos, são os reservatórios naturais da doença e espalham o parasita para muitas outras espécies através dos cistos resistentes eliminados nas fezes. São essas espécies que acabam contaminando outros felinos, normalmente quando lhes servem de alimento. Se não houvessem felinos no mundo, não haveria toxoplasmose
"Gatos amam mais as pessoas do que elas permitiriam. Mas eles têm sabedoria suficiente para manter isso em segredo”
– Mary Wilkins

Dra. Luciana Eduardo Nagamatsu

(Médica Veterinária- CRMV/PR 7094)

Email: reinodobicho@yahoo.com.br




































































































































































































































































































segunda-feira, 11 de junho de 2007

Cinomose Canina

Enfermidade infecto contagiosa, que afeta só os cães entre os animais domésticos. Causada por um vírus , sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio, e menos de um mês em local quente e úmido; muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns. Não escolhe sexo ou raça, nem a época do ano. Ocorre mais em jovens,mas animais idosos também podem se contaminar se não vacinados.
Se infectam (contaminam) por contato direto ou pelas vias respiratórias, pelo ar contaminado. Essa transmissão é por secreções do nariz e boca de animais infectados (espirros e gotículas que saem do nariz quando se respira) é a principal fonte de infecção. O animal doente espirra e contamina o ambiente e os animais que estejam perto. Inclusive, se tiver um ser humano por perto, o vírus pode ser carregado até um animal sadio por ele.
O animal pode se contaminar pela via respiratória ou por via digestiva, por contato direto ou fômites ( pode ser um objeto ou um ser humano, por exemplo, que carregam o vírus na roupa, nos sapatos) , água e alimentos contaminados por secreções de cães doentes.

Virus da Cinomose
Após o animal ser infectado, ocorre o período de incubação do vírus (digamos que seja o período que ocorre entre o vírus entrar no corpo e o corpo começar a manifestar os sintomas da doença) por 3 a 6 dias , ou até 15 dias, e depois disso a temperatura pode chegar a 41§C, haver perda de apetite, corrimento ocular e nasal . Este estado dura mais ou menos 1 a 2 dias. Depois se segue um período de 2 a 3 dias, as vezes meses, em que parece que tudo volta ao normal. Depois disso pode ser que apareçam os sinais e sintomas típicos da cinomose.
Pode haver sintomas digestivos (diarréia e vômito), respiratórios (corrimento nasal e ocular) ou nervosos ( tiques nervosos, convulsões, paralisias, etc) ou haver associação deles.

O animal pode morrer tendo desenvolvido só uma das fases da doença ou sobreviver desenvolvendo todas, podem desenvolver cada tipo de sintoma aos poucos ou todos juntos.
Normalmente os primeiros sintomas da 2§ fase são febre , falta de apetite, vômitos, diarréia, dificuldade para respirar. Depois conjuntivite com secreção , corrimento nasal, com crostas no focinho, e pneumonia. Pode se seguir por 1 a 2 semanas e daí aparecerem os sintomas nervosos, tiques nervosos, depois sintomas de lesões no cérebro e medula espinhal. Em uns, por inflamação no cérebro, os animais ficam agressivos, não conseguem as vezes reconhecer seu dono, ou em outros, ocorre paralisia dos músculos da face em que o animal não consegue abrir a boca nem para tomar água, apatia profunda; por lesões no cérebro e na medula espinhal, andar cambaleante, paralisia no quarto posterior ('descadeirado'). Dificilmente os sintomas são estacionários (vão piorando sempre, de maneira lenta ou
rápida).
É de difícil tratamento, dependendo quase exclusivamente do cão sua sobrevivência ou não. Digo quase exclusivamente, porque o veterinário pode ajudar eliminando coisas que podem atrapalhar sua "guerra" com a doença, como as infecções que ele pode ter por fraqueza, aconselhar a alimentação correta, receitar medicamentos que ajudem a combater as inflamações no cérebro, receitar uma medicação que tente aumentar sua resistência, etc.
Sua evolução é imprevisível, ou seja, quando o cão adoece, não há como saber se ele vai se salvar ou não, ou se a morte vai ser rápida ou lenta.
A melhor solução ainda é a prevenção, ou seja, vacinar corretamente.
"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor." - Pythagoras









FALA SÉRIO! HIHIHIHIHI
AMAR E RESPEITAR OS ANIMAIS
É O QUE HÁ!
Dá uma olhada neste vídeo:
Dra. Luciana Eduardo Nagamatsu
(Médica Veterinária- CRMV/PR 7094)
Email:
reinodobicho@yahoo.com.br
Depois disso é só curtir o amorzão que vou dar a você e é só alegria!!!!!!
AU, AU, AUUUUUUUUUUU










quarta-feira, 30 de maio de 2007

Se o homem pensasse como os animais...

"Se os homens pensassem como os animais..."
"Se o homem pensasse como o pássaro...festejaria cada amanhecer com uma linda canção."
"Se o homem pensasse como o cavalo...ultrapassaria os obstáculos com classe, firmeza e determinação."
"Se o homem pensasse como o cão...faria do amor uma constante troca de carinho, lealdade e fidelidade."
"Se o homem pensasse como o gato...teria calma e quilíbrio em qualquer dificuldade."
"Se o homem pensasse como a abelha...constataria que nada se constrói sozinho."
"Se o homem pensasse como a formiga...veria que trabalho e sucesso trilham o mesmo caminho."
"Se o homem pensasse como a baleia...veria a importância do poder da solidariedade."
"Se o homem tivesse a pureza e a simplicidade de ser, dos animais...a paz deixaria de ser um sonho e seria uma realidade."

"Chegará o dia em que os homens conhecerão a alma dos animais e, nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a Humanidade."
(Leonardo Da Vinci)
Dra. Luciana Eduardo Nagamatsu
(Médica Veterinária- CRMV/PR 7094)