por Kiyomori Mori- Folha de São Paulo
Um passeio pelas lojas de suvenires para turista do bairro da Liberdade ou da praça da República revela uma variedade de lembranças de gosto duvidoso: são quadros, relógios e até brincos decorados com a infinidade de espécies brasileiras de borboletas verdadeiras, em corpo e asa, não desenho. Alguns deles chegam a custar até R$ 100.
A criação do inseto para produção de artesanato é autorizada pelo Ibama. Nos termos da lei, apenas machos podem ser sacrificados; as fêmeas, ao nascer, devem ser soltas acompanhadas de dois exemplares do sexo masculino. A proporção de nascimento é de cinco machos para cada fêmea, dependendo da espécie.



Para o presidente da Associação Brasileira Pró-Lepidóptoros (de borboletas e mariposas), o biólogo Josef Bacsfalusi, os criadores ajudam a preservar a espécie "Na natureza, o índice de sobrevivência é de 25%. Nos criadouros, chega a 85%. Como as fêmeas têm que ser soltas, aumenta-se o número de borboletas na natureza."
O problema é que apenas borboletas que não estejam ameaçadas de extinção podem ser criadas em cativeiro, ou seja, as mais raras, tão desejadas pelos colecionadores, estão fora dos borboletários.
Garantir a "beleza" do artesanato requer uma técnica especial para matar a borboleta: ainda vivos, os machos são mergulhados em um tipo de solvente de tinta, que elimina os parasitas garantindo a perfeição das formas. Depois, eles são conservados com naftalina para uso posterior.
"Aqui no Canadá, nós utilizamos anualmente milhares de borboletas do Brasil para produzir quadros com mensagens de felicidades. O dia das mães é a melhor época de venda", afirma a comerciante canadense Katerina Pullman, que vende molduras com uma borboleta e mensagens do tipo "Deus Abençoe Este Lar" por cerca de R$ 36.

No Brasil, Elizabete Vavassori, 58, produz até 3.000 borboletas por mês para artesanato, dependendo da época do ano. "Miami,São Paulo e Rio de Janeiro são nossos mercados", conta. "Muitos criticam nosso trabalho, mas, se as borboletas ficassem na natureza, os predadores comeriam. Além disso, doamos casulos para escolas.
Me ponho a pensar...
Por que agente cresce hein?
Por que?
Trocaria tudo que tenho hoje pra voltar a ser a Luciana de antes, criança, com minha vida pacata, meu quintal cheio de árvores de todo tipo, meus animais de estimação e observar com aquele meu olhar de criança o beija-flor, tão ligeiro, na flor, as borboletas tão coloridas também na flor...
Trocaria tudo que tenho hoje pra voltar a ser a Luciana de antes, criança, com minha vida pacata, meu quintal cheio de árvores de todo tipo, meus animais de estimação e observar com aquele meu olhar de criança o beija-flor, tão ligeiro, na flor, as borboletas tão coloridas também na flor...
Eu queria ser borboleta sabia?
Dra. Luciana Eduardo Nagamatsu (Médica Veterinária- CRMV/PR 7094)
Email: reinodobicho@yahoo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário